Imagem disponível em: http://pequenascoisasestranhas.blogspot.com.br/2013/01/sai-fora-preconceito-viado.html
Hoje,
como de costume nos últimos dois meses, fui pela manhã lecionar em um curso na
Cinelândia e estava mentalmente organizando um texto para homenagear as
mulheres pelo convencional Dia Internacional das Mulheres (8 de março). Pedi ao
meu cérebro para que desse uma pausa na explosão das palavras que brotavam em
minha mente no período da aula e ao final dela quase que instantaneamente as
detonações retornaram até que “abro” o Facebook e deparo-me com um texto do
Jean Wyllys sobre o menino Alex que foi espancado até a morte por seu pai. O
motivo? Segundo o pai, o menino não tinha “jeito de homem”.
O
texto, muito bem escrito por sinal, trouxe a tona uma simples pergunta: Com
qual finalidade?
Ainda
no Facebook pude ler uma nota de repúdio do deputado estadual de Goiás Mauro
Rubem contra o ato de intolerância religiosa sofrido pelo Ile Axé Igebenbale,
na pessoa da Mãe Jane. Vândalos invadiram o terreiro de Candomblé e quebraram
as imagens dos orixás.
Essa
nota trouxe a tona uma simples pergunta: Com qual finalidade?
Chegando
a casa tive que resolver alguns problemas e depois de tudo pronto, liguei a
televisão em um noticiário da TV fechada e deparo-me com uma reportagem que
tratava sobre o preconceito racial sofrido por um juiz de futebol em um jogo do
Campeonato Gaúcho.
Vândalos
amassaram as portas do carro do juiz e jogaram bananas em cima do seu carro.
Aquele homem, o juiz, chorou e pensou em no futuro do seu filho também negro
nesse país.
Ao
final da reportagem uma única pergunta veio à tona: Com qual finalidade?
Ver
alguém chorando por sofrer qualquer tipo de preconceito é extremamente doloroso
e desnecessário.
Para
qual lugar estamos indo? Qual é a real necessidade de discriminar? O que faz alguém
pensar que está apto para julgar outrem?
Em
meio de tantos desacordos em nossa sociedade, percebo que o maior dos problemas
é a intolerância com o outro. Cada um quer impor sua verdade. Inacreditável!
Enquanto
ainda era jovem, aproximadamente com 13 anos, percebi que a ignorância é o pior
veneno que um ser humano pode experimentar. Esse mata mais que qualquer
substância com alta toxidez. E por isso fui estudar. Estudar para me fazer
convicto de todas as minhas convicções.
Fui
estudar para não ter que esconder de ninguém no que creio e do que gosto,
porque eu sou o que quero ser, mas antes de ser alguém, sei, de fato, qual é o
meu papel em todas as áreas por onde preciso permear.
Digo
isso aos meus alunos, sei exatamente que os princípios sociais são os que me
sustentam na sociedade “democrática” em que vivemos, e nenhuma das minhas
outras convicções podem sobrepujar os princípios que visam o bem comum.
Como
educador, sou educador.
Como
zelador de orixá, sou zelador de orixá.
Como
companheiro, sou companheiro.
E
por aí vai.
É
claro que o que move a minha vida são minhas convicções, mas também é
importante saber em que momentos elas devem ser diretamente empregadas, já que eu
sou unicamente o Victor Magalhães (uma mistura de todas as minhas convicções).
Aquele
que sabe respeitar o outro acima de qualquer princípio. Aquele que não permite
ser desrespeitado por qualquer princípio. Aquele que sabe qual é o seu papel e
qual é a finalidade de qualquer ação.
Aquele
que não precisa esconder nenhuma de suas convicções, mas que também não precisa
impor nenhuma delas, pois eu não procuro aceitação, somente, pelo fato de que tenho
longe de mim a ignorância de pensar que princípios, convicções, valores
precisam ser impostos. Cá entre nós, eles precisam ser mostrados a fim de que
aqueles que estejam em processo de formação da personalidade conseguiam
analisar e escolher o que devem seguir.
Então,
para terminar, fica aqui explicitada a minha indignação e repúdio aos seres embebidos
de ignorância e falta de respeito.
Pensem
nisso!
Ah,
e o texto para as mulheres, certamente, nascerá amanhã.
Texto:
Victor Magalhães
Ao ler este texto surgiu algumas indagações em minha mente.
ResponderExcluirO que é certo? O que é errado?
O que é normal? O que é anornal?
Vivemos numa sociedade dualista na qual rotularam um padrão de vida: seja assim, ande assim, fale assim.. Viva assim!
E quem não segue? O que acontece com os indivíduos que não seguem este padrão?
Nesta sociedade, o correto é estar dentro do padrão. E o correto também é perseguir quem não está dentro do padrão. Constrói-se assim um paradoxo ideológico, haja vista que aquele que se julga ser o CORRETO, faz práticas VIOLENTAS para com aqueles que não vivem este rótulo.
O pior disso tudo é perceber que a sociedade vigente acomodou-se em viver assim: injustiça, violência,perseguição e PRECONCEITO.
É necessário quebrar os paradigmas que atrapalham os indivíduos de viver em harmonia.
Em meio a esta atrocidade, fico feliz em perceber que ainda existe pessoas neste mundo que não se calaram para esta problemática e que, sobretudo, através de belíssimas palavras tem utilizado as redes sociais para incentivar a outros indivíduos a ter o mesmo comportamento.
Parabéns Victor!
Obrigado Rayanne. Fingir não enxergar o que se impõe é alienação! Bjs
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