quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carnaval 2012 SP -Vestígios da irracionalidade do racional





É indiscutível, irrefutável, indescritível e inacreditável como o ser humano, em princípio dotado de razão, pode demonstrar sinais de irracionalidade tão latentes quando contrariados com algum acontecimento.

O que vimos ontem e continuamos vendo hoje nos telejornais e lendo na internet são notícias sobre o carnaval 2012, em verdade, sobre o vandalismo presente no dia da apuração dos votos das escolas de samba de São Paulo, que teve seu resultado divulgado aproximadamente 5 horas após seu início.

Dessa forma fui buscar, não tacitamente mas sim formalmente, a definição do que é Carnaval para tentar sanar a angústia percebida em mim após, infelizmente, assistir a ignorância dos vândalos que não sabem o real sentido do que é uma competição.

De acordo com o dicionário Aurélio, a definição de carnaval é: 

"Os três dias precedentes à quarta-feira de cinzas, dedicados a várias sortes de diversões, folias, folguedos.

A busca realizada no site Wikipedia informa:
uma festa, uma grande concentração de festejos populares. "  (http://pt.wikipedia.org/wiki/Carnaval)

Sinceramente caem por terra ao vermos um bando de vândalos invadindo o palco preparado no Sambódromo do Anhembi em São Paulo para destruir as cédulas com as notas das escolas de samba de  sob a alegação de que o acordo, previamente estabelecido, para que não houvesse rebaixamento de nenhuma escola não estaria sendo cumprido. 

* Vale ressaltar que segundo informações divulgadas pela imprensa, esse acordo teria sido estabelecido em virtude da troca de alguns jurados para avaliar as escolas de samba na quinta-feira anterior ao desfile.

Será que essas pessoas não são capazes de entender que ganhar ou perder faz parte de toda competição, seja em que esfera for?
É lastimável perceber que o ser humano que é capaz de raciocinar seja tão fraco e deixe seus instintos mais primitivos aflorarem sem nenhum pudor. 
Qual será o destino do nosso país se todos tentarem resolver os problemas com a força bruta?

O carnaval é o grande espetáculo que move o país. É nesse período que não só os brasileiros mas também cidadãos de outros países focam toda sua atenção nessa festa com o objetivo de comemorar e apreciar a beleza desse grande evento. 

E é no momento da consagração da campeã que os mais podres sentimentos norteiam as atitudes dos homens que não dão valor, no mínimo, a escola pela qual torcem.... Triste!

Seria injusto também não ressaltar a falta de destreza por parte da organização do evento assim como os responsáveis por salvaguardar o bom andamento da apuração de votos.
Ali estavam muitos homens capazes de findar a invasão mas isso só aconteceu depois da invalidação de muitas cédulas de votos.

São Paulo recebeu, pelo menos neste carnaval, nota ZERO!!!!!!!!!!!









6 comentários:

  1. Parabéns pelo Blog! Você possui uma escrita super inteligente e interessante. Vou visitar todos os dias! Abraços! Magno.

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  2. Amigo...parabéns pela iniciativa! Tudo que vem a somar precisa ser compartilhado. AMO VOCÊ E TORÇO MUITO PELO SEU SUCESSO!! CONTE SEMPRE COMIGO. Bjos > Juliana Machado

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  3. Parabéns pelo blog.Com certeza antes de visitar outros blogs vou sempre dar uma passadinha aqui.Se depender de mim sucesso semmmppprrreee.Ah! coloque algo sobre educação.Irei amar!!!Bjs Dani

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  4. Parabéns pelo blog.Te desejo sucesso seemmpprree!!!!
    Para as minhas aulas sempre procuro algo interessante nos blogs e esse com certeza vai entrar na minha lista!!Bjs Bani

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  5. Querido amigo,
    Adorei sua iniciativa em criar um espaço frutífero de construção de ideias. Espaço onde as palavras agrupadas, criam formas e admitem a interferência do/no cotidiano.
    Mas, deixando de lado a rasgação de seda vamos ao que interessa.
    Com a titulação do seu blog “Altercação”, você nos convida e aguça a vontade de participar do acalorado debate. Portanto, deixarei os elogios para outros momentos e partirei para um duelo, guiada por um compromisso profundo e inamovível, onde imprimo voz característica, desafiadora e indispensável. Nesse sentido, assumo o papel de intelectual do meu tempo, guiada pela ideia de modernidade líquida, promovendo uma reconfiguração ética: uma intérprete.
    Mas lembre-se:

    “Bandeira branca amor,
    Não posso mais
    Pela saudade que me invade
    Eu peço paz...”
    (Max Nunes e Laércio Alves)

    Definitivamente, NÃO concordo com a nota ZERO atribuída por você para o carnaval de São Paulo.
    Registrar a nota zero para o carnaval de São Paulo será no mínimo, da sua parte, um ato injusto e reducionista. O registro a ser feito será nota zero para o ‘processo carnavalesco’ que tornou essa festa, antes popular, em um processo mercantilista.
    Os formadores de opiniões, “Os Césares”, insistem em imprimir que estamos falando de um “festejo popular”. Atenção! De qual carnaval estamos falando? Do atual? Nossa!
    “Recordar é viver,
    Eu ontem sonhei com você...”
    (Aldacir Louro A. Marins e Macedo)

    O que vejo é uma festa dos ricos para os ricos.
    “Os Césares”, com a “Política do Pão e Circo”, reservam para o povo, a pretensa ideia de que estamos participando de uma manifestação de expressão popular, de interesses de grandes massas da população.

    No dia da apuração!
    “Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, está chegando a hora
    O dia já vem raiando bem ...”
    (Rubens Branco e Henricão)

    O povo seguindo um ritual de comportamento assiste solenemente as escolhas. Qual foi o nosso espanto. “Os Césares” de São Paulo romperam com o roteiro pré-estabelecido. “Os Césares”, formadores de opiniões, que insistem em dizer que o carnaval é um festejo popular, viram suas máscaras flutuando juntamente com as súmulas dos jurados. Nós, do povo. Assistimos o estranhamento entre a cria e o criador. Estranhamento dos gladiadores.

    “Ê, ê, ê, ê, ê, Índio quer apito,
    Se não der pau vai comer!...”
    (Haroldo Lobo)

    O povo, empapuçado com as migalhas do pão oferecido pelos “Césares, assistiu, no dia da apuração das escolas de São Paulo, nos camarotes da vida, o desvelamento da vergonha fantasiada de democracia. Um espetáculo grotesco, porém necessário. Não com o intuito em banalizar a violência, mas clamando para que os “Os Césares” dos sambódromos, dos abadas, etc. se estranhem, elejo DEZ, nota DEZ para esse acontecimento.
    Afinal a festa não é nossa. Continuamos comendo as migalhas do pão oferecido.
    Ficamos, como sempre, “Barrados no baile. Oh! Oh!”
    E, antes de me despedir, pego um gancho com a Alcione
    “Não Deixe O Samba Morrer”
    Beijos
    Rejane

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  6. Parabéns Victor! Você, com certeza, voce eh um cara iluminado. Essa iniciativa foi simplesmente inteligente! Sempre que der darei uma passadinha por aqui. Bj, sucesso sempre. Claudia Gavazza

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